Todas as fotos publicadas são de minha autoria, tiradas com telemóvel.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
O Sonho
O sonho dá-nos muitas vezes o que o mundo nos nega, mas o mundo por vezes dá-nos algo que nem o sonho mais perfeito nos daria.
2 comentários:
Anónimo
disse...
Eles não sabem que o sonho É uma constante da vida Tão concreta e definida Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta Em que me sento e descanso Como este ribeiro manso Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos Que em verde e oiro se agitam Como estas aves que gritam Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho É vinho, é espuma, é fermento Bichinho alacre e sedento De focinho pontiagudo Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho É tela, é cor, é pincel Base, fuste ou capitel Arco em ogiva, vitral, Pináculo de catedral, Contraponto, sinfonia, Máscara grega, magia, Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante Rosa dos ventos, infante Caravela quinhentista Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim Florete de espadachim Bastidor, passo de dança Columbina e arlequim
Passarola voadora Pára-raios, locomotiva Barco de proa festiva Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar Ultra-som, televisão Desembarque em foguetão Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham Que o sonho comanda a vida E que sempre que o homem sonha O mundo pula e avança Como bola colorida Entre as mãos duma criança
2 comentários:
Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista
Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança
Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim
Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora
Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança
António Gedeão
"imaginar é sonhar; dorme e repousa a vida no entretanto; sentir é viver activamente,cansa-a e consome-a..." Almeida Garrett
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