Todas as fotos publicadas são de minha autoria, tiradas com telemóvel.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ser criança

Em criança que quase não fui, porque depois da escola existia muito trabalho nas terras e as tarefas em casa...mas existia sempre um bocadinho para brincar com o meu irmão Lele... jogávamos  às escondidas, à macaca, ao botão, ao berlinde, ao pião, saltávamos  à corda, subíamos árvores onde descobríamos ninhos com passarinhos,  ir à fruta  ao pomar do vizinho...não era bom exemplo, mas sabia tão bem...era arriscado, mas divertido, ajudava-nos a minimizar a dor que ambos sentíamos.

Eu sonhava sonhava um dia ser capaz de construir um monumento ou um castelo de verdade sorria com situações únicas tais como subir ao telhado e observar o pôr-do-sol lá longe caindo sobre o mar.

Outras vezes ficava a contar as estrelas contava-as, mas logo me perdia tentava decifrar seu mistério e sonhava que um dia iria descobrir um outro planeta e assim maravilhava-me com a conquista do meu coração.

Hoje embora a criança que fui ainda teime em encontrá-la escavando dor dentro da alma  não descobri um outro planeta mas sim um mundo com o qual eu não sonhei muito menos para as crianças  que serão os nossos homens do amanhã.

Continuo a sonhar porque sonhar não pode ser apenas uma palavra muito menos ser esquecida mesmo que por vezes proibida ou simplesmente lançada 
ao abismo do meu ser.  









13 comentários:

Arnoldo Pimentel disse...

Lindo demais seu texto, fez-me relembrar meus tempos de crianças, mais ou menos igual a esses, pois passei quase todo esse tempo sem tempo de ser criança, beijos.

chica disse...

Mesmo tendo brincado pouco e com algum sofrimento na infância, sempre é legal recordá-la e reavivar a criança em nós...beijos,chica

Turista disse...

Querida Flor, nunca devemos perder a esperança que as coisas melhorarão1 E já agora... feliz dia da criança, para ti :)

Vivian disse...

Bom dia,Adélia!!!

Lindo e sensível texto minha amiga!!!
Devemos cuidar dos nossos sonhos, sempre!!!Recordar a inocência e a pureza infantil nos traz um fôlego extra para seguir adiante!!!
Beijos pra ti!!!
Tenha um lindo dia!

Rosa dos Ventos disse...

Sofrido mas bonito o teu texto!

Abraço

Nadine Pinto | Fotografia disse...

Ai que saudades que tenho da minha infância, fui tão feliz.
Agora sou feliz de outra maneira, mas de vem em quando ainda volto a ser aquela miúda pequena.

Agulheta disse...

Amiga Adélia.Eram realmente tempos de descoberta e coisas simples,fiz muitos jogos desses que aqui descreves,a infância foi feliz sem coisas supérfluas.Por tal motivo texto simples e muito são.
Beijinho

Anónimo disse...

Eram bons esses tempos de criança em que nem sequer ainda pensávamos que poderíamos ajudar a construir um mundo melhor. Chegáva pensar que poderíamos contactar com outros mundos.
Belo texto, Adélia

Lilá(s) disse...

Em criança fui sempre sonhadora, tento não deixar de o ser, se bem que por vezes a realidade obriga-me a estar bem acordada e os sonhos são tão bonitos!
Bjs

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Adélia!

A nossa infância foi bem diferente. Não quero parecer saudosista, mas a verdade é que fomos bem mais felizes do que a maioria das criança de hoje.
Tive apenas duas bonecas, uma era de trapos e a mais bela estava guardada numa caixa num sítio inacessível para não a estragar. Só brincava com ela em dias de festa.
A verdade amiga, é que não dormia sem a de trapos e foi com ela que vive até ser adulta e casar.
Lamento hoje não ter tido coragem para a trazer comigo.

Sem falar da fome que as mata aos milhões Mundo fora, as crianças estão a passar horrores. Algo que me transtorna profundamente.

Beijinho

Runa disse...

Crianças e sonhos são dois temas que andam de mãos dadas. Duas coisas que, ao crescer, acabamos por perder. O tempo e a realidade são implacáveis...

Abraço

Runa

A.S. disse...

Todos temos uma criança dentro de nós, que brinca, ri, chora e adora correr descalça sobre a relva!...


Beijos!
AL

Pedro Coimbra disse...

Mas nada impede que continue a ser criança e a sonhar, Adélia.
A realidade é bruta.
Mas a gente, por vezes, pode sair um bocadinho dela.
Faz bem à alma.
Abraço