Em criança que quase não fui, porque depois da escola existia muito trabalho nas terras e as tarefas em casa...mas existia sempre um bocadinho para brincar com o meu irmão Lele... jogávamos às escondidas, à macaca, ao botão, ao berlinde, ao pião, saltávamos à corda, subíamos árvores onde descobríamos ninhos com passarinhos, ir à fruta ao pomar do vizinho...não era bom exemplo, mas sabia tão bem...era arriscado, mas divertido, ajudava-nos a minimizar a dor que ambos sentíamos.
Eu sonhava sonhava um dia ser capaz de construir um monumento ou um castelo de verdade sorria com situações únicas tais como subir ao telhado e observar o pôr-do-sol lá longe caindo sobre o mar.
Outras vezes ficava a contar as estrelas contava-as, mas logo me perdia tentava decifrar seu mistério e sonhava que um dia iria descobrir um outro planeta e assim maravilhava-me com a conquista do meu coração.
Hoje embora a criança que fui ainda teime em encontrá-la escavando dor dentro da alma não descobri um outro planeta mas sim um mundo com o qual eu não sonhei muito menos para as crianças que serão os nossos homens do amanhã.
Continuo a sonhar porque sonhar não pode ser apenas uma palavra muito menos ser esquecida mesmo que por vezes proibida ou simplesmente lançada
ao abismo do meu ser.
13 comentários:
Lindo demais seu texto, fez-me relembrar meus tempos de crianças, mais ou menos igual a esses, pois passei quase todo esse tempo sem tempo de ser criança, beijos.
Mesmo tendo brincado pouco e com algum sofrimento na infância, sempre é legal recordá-la e reavivar a criança em nós...beijos,chica
Querida Flor, nunca devemos perder a esperança que as coisas melhorarão1 E já agora... feliz dia da criança, para ti :)
Bom dia,Adélia!!!
Lindo e sensível texto minha amiga!!!
Devemos cuidar dos nossos sonhos, sempre!!!Recordar a inocência e a pureza infantil nos traz um fôlego extra para seguir adiante!!!
Beijos pra ti!!!
Tenha um lindo dia!
Sofrido mas bonito o teu texto!
Abraço
Ai que saudades que tenho da minha infância, fui tão feliz.
Agora sou feliz de outra maneira, mas de vem em quando ainda volto a ser aquela miúda pequena.
Amiga Adélia.Eram realmente tempos de descoberta e coisas simples,fiz muitos jogos desses que aqui descreves,a infância foi feliz sem coisas supérfluas.Por tal motivo texto simples e muito são.
Beijinho
Eram bons esses tempos de criança em que nem sequer ainda pensávamos que poderíamos ajudar a construir um mundo melhor. Chegáva pensar que poderíamos contactar com outros mundos.
Belo texto, Adélia
Em criança fui sempre sonhadora, tento não deixar de o ser, se bem que por vezes a realidade obriga-me a estar bem acordada e os sonhos são tão bonitos!
Bjs
Querida Adélia!
A nossa infância foi bem diferente. Não quero parecer saudosista, mas a verdade é que fomos bem mais felizes do que a maioria das criança de hoje.
Tive apenas duas bonecas, uma era de trapos e a mais bela estava guardada numa caixa num sítio inacessível para não a estragar. Só brincava com ela em dias de festa.
A verdade amiga, é que não dormia sem a de trapos e foi com ela que vive até ser adulta e casar.
Lamento hoje não ter tido coragem para a trazer comigo.
Sem falar da fome que as mata aos milhões Mundo fora, as crianças estão a passar horrores. Algo que me transtorna profundamente.
Beijinho
Ná
Crianças e sonhos são dois temas que andam de mãos dadas. Duas coisas que, ao crescer, acabamos por perder. O tempo e a realidade são implacáveis...
Abraço
Runa
Todos temos uma criança dentro de nós, que brinca, ri, chora e adora correr descalça sobre a relva!...
Beijos!
AL
Mas nada impede que continue a ser criança e a sonhar, Adélia.
A realidade é bruta.
Mas a gente, por vezes, pode sair um bocadinho dela.
Faz bem à alma.
Abraço
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