Todas as fotos publicadas são de minha autoria, tiradas com telemóvel.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Gostava de voltar a ver

Foto de um amigo

Como eu gostava de voltar a ver a multidão que vi neste dia...1º de Maio de 1974 na Marinha Grande.
Eu estou aqui algures, por momentos estive debaixo do toldo do Café D. Dinis 



Bom feriado

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Olhou o meu rosto


Foto minha



Do meu quarto
olhei para o céu 
vi o por-do-sol 
que me observava
falei-lhe dos meus sonhos
alegrias, tristezas
de um passado bem presente.

Falei da minha luta constante
contra as injustiças 
de um futuro incerto
falei dos dias em que carrego
um peso muito mais pesado
do que a minha capacidade
consegue suportar.

Chorei 
ele sorriu, eu sorri 
fez-me pensar na vida 
que tem um tempo certo
e nas muitas possibilidades
que ela nos proporciona.

Olhou o meu rosto
voltou a sorrir
afastando-se aos poucos.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Para amar um filho não é necessário carregá-lo no ventre!

Palavras tuas "Mãe"

Sim "Mãe" foi assim que sempre te chamei desde os meus 16 aninhos, idade com que casei com o teu filho (que partiu à muitos anos) e assim continuei a chamar-te, porque me fizeste sentir amada como se tua filha eu fosse, até esta tarde, momentos antes de partires.

Obrigada "Mãe" por te ter tido na minha vida, por tudo quanto me ensinaste, por tudo quanto fizeste por mim, obrigada simplesmente por tudo.


Descansa em paz "Mãe"


Foto minha


Amo-te, estarás sempre no meu 






segunda-feira, 21 de abril de 2014

Um vazio


Foto minha


No meu coração
habita a profunda tristeza
que me consome lentamente.

Na minha memória
 a saudade
e os meus sonhos
tristemente algemados.

Quando 
questiono as decisões
sinto as minhas limitações
provocando um vazio
 em tudo  que faço
é o desejo
de não sentir nada.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Memórias

Neste últimos dias na blogosfera e FB tenho lido com alguma emoção  publicações que falam sobre o dia de Páscoa quando eram crianças. 

Reais de quem as publica, para mim é como se fosse um filme de ficção  cientifica.

Eu comecei a trabalhar  muito cedo , muito mesmo, a partir dos meus 8 aninhos.

Recordo que nessa altura o dia Santo era à quinta feira de tarde e sexta de manhã. 

Será que algum de vós se recorda de o dia Santo ser assim? 

Era uma tarde e uma manhã em que era proibido trabalhar na minha Aldeia.

No  entanto antes da Pascoa era para mim uma agitação tremenda e dolorosa, desde eu ter que retirar das paredes as molduras de fotos de familiares antepassados e dos ainda presentes, retirar os quadros dos muitos santos espalhados por tudo quanto era sitio, limpá-los e voltar a colocá-los, mas só no fim de eu caiar as paredes e estas estarem secas.

De joelhos esfregar com uma escova e sabão amarelo o chão de tábuas, por fim ainda passava com um pó avermelhado para dar cor, colocar esteiras novas de junco, feitas por mim, com junco que durante o ano eu ia apanhar ao campo, fazer feixes, traze-los à cabeça, colocá-lo numa eira para secar, no fim de seco fazia as esteiras  aos serões, depois de terminar as tarefas da casa.

Desfiar palha das espigas do milho para encher os colchões e travesseiros onde dormiamos.

Retirar toda a louça da cantareira lavá-la e voltar a coloca-la, louça que só usávamos uma vez no ano, no dia de Páscoa, o único dia do ano em que eu estreava roupa nova e uns tamancos.
Neste dia ia à missa, como todas as pessoas da Aldeia, tinha que beijar os pés de um bonequinho de barro que diziam ser o Menino Jesus.

Vinha para casa colocar junco muito verdinho (que eu apanhava no campo no sábado) no pátio e à entrada do portão, para receber o padre que logo aparecia depois da missa, ia benzer a casa e buscar o folar, dinheiro colocado pelo meu pai num prato, que o padre retirava e deixava umas poucas de amêndoas muito pequeninas, mas saborosas, ao sair o portão, dois senhores que o acompanhavam acendiam um ou dois foguetes, dependia da quantidade do folar.

Depois almoçava-mos e seguia para casa do meu padrinho e da minha madrinha, tanto um como o outro, o folar que me davam eram iguais todos os anos, em casa de cada um encontrava uma mesa com uma toalha branca, composta com pratos de tremoços e azeitonas, pão e vinho, comia até me apetecer, depois davam-me um pão. Simplesmente.

De volta passava a um pinhal onde apanhava flores iguais a estas, chamava-lhe "campainhas da Páscoa" chegava a casa despia a roupa nova e os tamancos, que só voltava a usava aos domingos para ir à missa.

Foto minha


E assim foi o dia de Páscoa durante alguns anos, de uma criança, que não foi criança. Eu.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ausência

A minha ausência  é um cocktail

A falta de inspiração, um desânimo total e uma asa derrubada!

Escrever com a mão esquerda não é tarefa fácil para mim.

A menina tem um tendão rasgado no ombro direito, que está a  deixar-me limitada para muita coisa, tal como escrever. 

Hoje partilho convosco uma das muitas tarefas que o nosso Canito faz cá em casa!


começa por segurar o saco com  batatas

 os dentes para o abrir

já está um pouco, não o suficiente

finalmente, saco aberto


ai que descansar, para aprontar outra

Sobrou para mim, apanhar as batatas para o almoço .

Batatas a murro com bacalhau grelhado para os donos e para o Canito



até porque está habituado a apanhar boleia no carrinho de apoio, com o seu pratinho e ir para a sala de refeições, coisas do dono. 


Boa Páscoa para todos vós junto daqueles que vos são queridos.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Uma parte da minha vida


Parabéns meu príncipe. Amo-te tanto pa xempe 
Beijinho com muito amor  



Podem chamar-me avó babada, mas que tu és lindo, és